quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Hoje, 16 de setembro de 2009, quarta-feira, amanheceu mais triste. Faleceu minha avó, Jaira Lorandi Andrighetti aos seus 80 e poucos anos. Uma mulher muito interessante, bonita, frágil e forte ao mesmo tempo. Nasceu no interior de Caxias e lá casou-se novinha, como a maioria das mulheres da época e teve alguns dos seus 8 filhos, entre eles, minha mãe. Criou seus filhos com dificuldade, mas com a atenção necessária de uma mãe e como avó, sempre tratou seus netos com carinho. Não sei muito o que falar sobre ela, lembro-me sempre de como era uma pessoa frágil, de poucas palavras, voz doce e sorriso delicado. A saúde era muito frágil, tinha osteoporose que a fazia caminhar com muita dificuldade e isso me fez lembrar de uma história engraçada... meu primo quando era criança, em suas orações infantis, pedia a Deus que fizesse com que a vó caminhasse mais rápido, doce inocência das crianças! Há alguns anos atrás vieram os sintomas do Alzheimer, que pude presenciar com espanto e tristeza as primeiras vezes que a doença se manifestou. Dali em diante só piorou, lembranças escassas, dependência total e assim o último fio de vida se rompeu. É estranho perder alguém, por mais que minha convivência com minha avó, digo, com meus avós tenha sido tão rara, são pessoas que marcaram minha vida, cada um da sua forma. Fica um vazio no peito e um certo remorso por não ter visitado mais vezes, mas ao mesmo tempo sei que ela sequer saberia quem sou eu. 
Ficam as lembranças e memórias que guardarei com carinho! 
Descansa em paz.

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